31 de Julho

Amanhã entra (A)gosto!

A piada não tem graça mas serve de mote para um novo recomeço. A resiliência não tem sido o meu forte, e ando tão em baixo que mais pareço um vegetal.

Em casa ando sempre stressada e de mau humor, no escritório sinto-me assoberbada e a chegar ao limite. O facto de saber que me vou embora não tem ajudado em nada.

Sinto-me constantemente cansada e demorei a perceber ou aceitar o que se passa comigo. Preciso de tempo para mim. Eu sei que ainda faltam duas semanas para acabar com esta rotina com dias contados. E sei que vai ser difícil cumprir o que tenho em mente. Vou precisar da ajuda e da compreensão do meu marido, e ele ainda nem sabe o que me vai na cabeça.

Mas já a partir de hoje quero fazer mudanças. Primeiro pequenas, depois maiores, até conseguir.

E na verdade o que quero é simples: Estar bem comigo, para poder ser melhor pessoa para os outros.

Hoje tem de ser o 1º dia do resto da minha vida, Agosto será ao meu gosto!

Parabéns marido, companheiro, amigo!

Hoje o Nuno faz anos.

Há 22 anos que festejamos juntos este dia, e nem a separação temporária nos impediu de o fazer.
Hoje o Nuno faz anos, e eu que nem sempre lhe dou o devido valor, preciso de escrever isto, porque tenho mesmo de lhe dizer o quanto ele é importante nas nossas vidas.
É ele que acalma as minhas histerias e inseguranças. É ele que segura as pontas no meus (muitos) dias maus. É ele que dá os banhos e adormece a Sofia quando eu já não tenho paciência, nem braços.
É ele que se levanta de noite (tantas vezes como eu) para ver se a tosse do Rafael passa, ou se precisa de água, ou se vomitou.
É com ele que desabafo os medos que tenho desta nova fase, mesmo que ele se mantenha calado.

O Nuno não é perfeito, está mesmo muito longe disso. Nunca fala sobre nada, nem me conta nada. Ás vezes consegue ser mesmo muito egoísta. Tem um feitio difícil, ás vezes ralha com os miúdos por coisas muito mesquinhas, como as migalhas no chão da sala.

Mas é um pai atento, preocupado, que sabe mimar e dar colo. Ás vezes acho que ele gostava que eles crescessem depressa para descontrair, outras vejo-o a rebolar no chão e a rir com eles, e não posso deixar de sentir um orgulho imenso por este pai.
A nossa relação não é um mar de rosas, e nos últimos tempos somos apenas praticamente pais (mea culpa), e apesar dos silêncios dele, dos meus monólogos exasperados, das vezes em que desacrrilo, saio de mim e só me apetece fugir a sete pés dele, eu sei que ele estará lá para mim....

Parabéns NUNO, MARIDO, COMPANHEIRO, AMIGO, PAI.... gostamos muito de ti!

Enquanto as férias não chegam...

... andamos por aí.

Rafael descobre os carroceis

Se há um ano, fugia e chorava por causa do barulho e não podíamos nem passar perto, este ano quer experimentar tudo!

1º os tradicionais, sozinho e com amigos! e depois a loucura....

Eu pensei que ia ser o desastre ainda por cima a bola enche com eles lá dentro e o ar sai por uma espécie de aspirador que faz muitoooo barulho e ele detesta o aspirador, no entanto amou e quer muito repetir. Se o ano passado chegavam dois euros para churros, este ano gastamos em média 7€ em carroceis e churros, ainda bem que as feiras são só nesta época do ano :)

A paciência nunca foi o meu forte

E neste momento perco-a ainda com mais facilidade.
Fui dispensada ao fim de 4 anos de trabalho, no fim deste mês vou para casa, gerir um orçamento (ainda mais) limitado, e pior que isso, gerir emoções. Sinto fracasso, porque nunca nada dura muito tempo na minha vida profissional, sinto desespero por não saber como vai ser a minha vida daqui para a frente, sinto raiva por ter sido descartada e posta de parte quando dei tanto a esta empresa e a esta pessoa. Sinto alívio, porque vou ter tempo para os meus filhos, para as minhas coisas (mas a que preço?), sinto frustração porque hoje tive de ir cancelar a minha inscrição no ginásio, sinto medo por não saber o que aí vem.

E apesar destes sentimentos todos e tão contraditórios, e apesar de saber que é a curto prazo, tenho de continuar a vir para o lugar de onde sei que vou sair. E tenho de continuar a trabalhar, de cara alegre e caladinha porque isto é tudo um grande segredo.

E a minha paciência já muito limitada, atinge hoje picos de ruptura, está mesmo prestes a esgotar-se. Apetece-me bater a porta, mandar tudo ao ar e ir enfiar os meus pés na água fria do mar com os meus filhos ali ao lado a brincar.

Sim faltam apenas 15 dias! Nestas condições parecem anos!

Fomos ao PANDA!!

Ele já tinha pedido para ir, mas este ano foi mais persistente. Ela adora musica em geral e o Panda em particular, por isso lá fomos.

Logo para começar, uma confusão para entrar, uma fila interminável, e ninguém sabia onde era o fim. Nestas coisas irritam-me os "chicos espertos" que se fingem de idiotas e passam à frente de toda a gente. Mas lá entramos...

Ele andou nos insufláveis (os que ainda tinham pouca fila), e jogou uns jogos. Ganharam brindes, Chapéus, pára-sois, chapeus, maçã cortada, chapeus, bananas, chapeus e um frasquinho para fazer bolinhas

Ele estava eufórico, e tão feliz, por isso valeu a pena...

De vez em quando dá-lhe umas birras estranhas, e diz a chorar que quer um chapéu e uns calções do faísca, não se percebe

Depois passa-lhe e volta a ser ele mesmo... já ela...

Sempre na boa... e também gostou muito :)

Não é uma experiência anual, talvez voltemos daqui a 2/3 anos por ela... no entanto acho que apreciariam mais um musical com os amigos caricas...

Vou de férias em Agosto...

... mas serão prolongadas. Trabalho neste escritório há 4 anos, e sei há algum tempo que as coisas não andam bem. O mal de trabalhar em empresas pequenas, sabemos tudo o que se passa para o bem e para o mal. 

Custa-me pensar que vou ser "dispensada" mas não estou surpreendida. Os argumentos é que me deixam de queixo caído. As despesas pessoais, a faculdade dos filhos... mais uma vez problema de ser empresa pequena. 

Já tinha começado a enviar currículos, já fui a algumas entrevistas. Pensando que estava apenas a procurar melhor, mas afinal vou mesmo ter de procurar alguma coisa.

Tenho 38 anos e dois filhos, e isto parece que é limitativo para quem quer procurar emprego. A idade e o número de filhos sobrepõe-se facilmente aos 20 anos de experiência profissional, à pro-actividade, à assiduidade e à pontualidade,

Não sei o que o futuro me reserva, por isso vou trabalhar mais um mês e gozar o outro de férias, em Setembro começa uma busca activa por um emprego, volto ao centro de emprego, volto a pensar como vai ser se não arranjar nada. Como da última vez, a verdade é que nunca estive muito tempo desempregada, espero que desta vez a "tradição" se mantenha.