terça-feira, 18 de novembro de 2014

Coração de mãe...

Sobressalta-se ao perceber que o pai não o levou ao colégio, porque ele "tinha tosse, e doía-lhe a garganta". 
Estremece ao ouvir a avó dizer que "ele não come e está cheio de borbulhas".
Sente alívio por apenas com um telefonema, a melhor médica de família do mundo, se disponibilizar para o observar, mesmo com um dia cheio de trabalho.
Assusta-se com o telefonema do pai  a dizer que a médica o mandou para a urgência pediátrica do Hospital, porque não consegue identificar a origem das borbulhas.
Bate mais depressa a caminho do hospital e acalma-se por ver que apesar de tudo, ele parece bem.
Agonia-se com a espera. Anseia pelo diagnóstico. Que não é conclusivo e parece que é escarlatina, afinal não, e já é oura vez e finalmente o veredicto: "é escarlatina, ligeira, e é melhor levar uma injecção de penicilina"
E o coração da mãe galopa, antecipa a dor que ele vai sentir, as lágrimas que vai chorar, e se faz reacção? Tenta aligeirar o momento, e não chora para que ele não veja, e tem de o acalmar. 
E quando finalmente abandonamos a urgência do hospital, este coração que se devia acalmar agora, sofre ao pensar, agora nela. E se fica doente? E tantas horas longe de nós.... e temos de ir buscá-la.

Felizmente para este coração de mãe, o pai mostrou-se disponível e ficará em casa hoje com ele... 

Sem comentários: