terça-feira, 24 de dezembro de 2013

domingo, 22 de dezembro de 2013

Tivemos uma manhã calma. Ficamos os dois em casa, sossegados a brincar e a ver desenhos animados. Tratei do almoço, o pai chegou e brincaram juntos.
Chamei para almoçar, e começou o drama. Não quer comer, nem sentar-se à mesa, tentamos distrair com brinquedos, com histórias... nada! recusa-se a abrir a boca. a única colher que lhe consigo enfiar na boca deita fora. Passo-me da cabeça, grito, e dou uma palmada. Não consigo manter a calma, tem sido assim toda a semana, e eu vou dando desconto, porque está doente, porque vem aí a mana, porque...
Continuamos nesta luta, ameaço... estou claramente a perder o controlo e detesto ficar assim.Ele soluça, e eu penso rápido, se é melhor deixá-lo sem comer, se insito, se o deixo ir para o chão... não sei! talvez não tenha nascido para ser mãe, e já vou ter o segundo. Isso assusta-me. e a proximidade do parto também... e choro descontrolada, saio da cozinha e deixo-o com o pai. O pai consegue ser mais calmo, e isso ainda me irrita mais... proibo de ver televisão, digo que não brinco com ele, que não vai ver os gatinhos, e apetece-me castigá-lo. No meio da confusão e das ameaças, disse-lhe que ia dormir sózinho e sem chuha... é a única coisa que se lembra. e repete aos soluços, eu não vou dormir sem chucha. O pai dá-lhe a chucha e acabo por deitá-lo, e deixo-o a dormir sózinho, e não consigo parar de chorar....
- Porque sinto que sou má...
- Porque estou a ser má mãe e gosto tanto dele que me doi cada palmada, cada grito
- Porque ele é o centro do meu mundo... como é que eu lhe faço isto??
- Porque estou cansada, de não dormir bem
- Porque queria saber lidar com isto... e não sei
- Porque me sinto frustrada e impotente e ele é apenas um bebé... a adulta sou eu
- Porque sei que isto se vai repetir, e não sei como agir...
- Porque sei que lhe devia dar o almoço ao lanche e provavelmente não terei coragem
E choro, enquanto escrevo ente post, porque me sinto a pior mãe do mundo, e detesto ver o meu filho soluçar triste

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Esticar a corda!

Testar limites. É isso que o meu filho tem andado a fazer nos últimos dias. Tem-nos aos dois em casa há uns dias, e temos almoçado nos avós, e ele está "baralhado" com a liberdade que tem nos avós quando nós não estamos, e quando estamos. Não me arrependo por um segundo de ter decidido deixar que ele crescesse com os avós, mas neste momento (quase a fazer 3 anos), sinto que ele precisa de mais. Mais regras, mais disciplina...
A avó adora-o e faz-lhe as vontades todas, pode almoçar a ver televisão, pode espernear que tem o que quer na hora, e mesmo assim ainda diz que a avó é chata... Depois eu gravidérrima, e com a paciência nos níveis negativos, passo-me, e grito e dou palmadas, e dizem que sou uma tirana e que sou má.
Enfim, ele tenta. Tenta lá e tenta aqui connosco, e está doente (constipado e com diarreia) o que não ajuda muito.
Mas noto o desafio nas atitudes, olha para mim, como que a dizer: "não queres mas eu faço na mesma" e a minha frustração atinge os píncaros. Adoro o meu filho, mas há coisas que não lhe posso premitir. E luto, contra os avós e o pai que nem sempre concorda comigo, no entanto, até considero que tive muita sorte. Ele é bem comportado e calmo na maioria das vezes. Porta-se bem quando está sózinho comigo. É vivo, prespicaz e muito inteligente... tem sentido de humor, canta muito e surpreende todos os dias.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

39 Semanas and going!!!

Ontem tivemos consulta. Ainda na consulta fomos encaminhadas para as urgências com suspeita de pré-enclampsia. As tensões a 14/9 não estavam a agradar e houve mesmo ameaça de internamento para indução.
Depois de um dia exaustivo que começou às 10horas e só terminou já passava das 20horas no hospital, a medir tensões, a fazer ctg, análises e no fim uma eco, lá voltamos para casa.
Voltamos se entrarmos em trabalho de parto ou se as tensões continuarem altas.
Senão, dia 26 nova consulta para marcar indução. Não me agrada muito, tenho uma cesariana anterior e sei que a indução pode não ser o melhor, mas tenho de confiar nos médicos. 
Esta incerteza de não saber quando vai acontecer também me deixa ansiosa... queria muito poder passar o Natal com o meu pequenino.

E continuamos à espera, é tudo tão diferente da primeira gravidez, que me surpreende... no entanto segundo a médica, o colo não está maduro, e a miuda está muito subida. é esperar...:)

domingo, 15 de dezembro de 2013

Serei assim tão abençoada??

A poucos dias de receber a minha filha, sinto um nó na garganta e outro no estomago quando penso como foi possível.
Vários diagnósticos de infertilidade, muitas lágrimas, nem um tratamento, porque me recusei sempre a sofrer desilusões previsiveis, eis-me aqui, grávida de um segundo bebé-surpresa.
Grávida do Rafael, senti todas as angústias, tive todos os cuidados, e vivi pelo menos 7 meses em função de uma barriga que crescia. Ia sossegando o coração a cada ecografia, a cada exame de sangue, a cada consulta paga a peso de ouro.
Desta vez, descobri que estava grávida às 30 semanas, fiz uma ecografia apenas, onde não foi possível ver tudo, fiz análises normais uma vez. As consultas, são no hospital, porque já faltava tão pouco, e porque sou hipertensa crónica. Sempre a despachar, e apenas com os 40 minutos de CTG a ouvir o coração bater forte, e os movimentos frequentes a alegrarem-me.
Temi ter um filho diferente, confesso. E vejo-o crescer tão saudável, tão inteligente, tão "sabedor" de tudo que ainda me surpreendo a cada conversa, a cada nova descoberta. Temi ter um filho que não fosse amado, e vejo uma teia de amor coesa, forte e tão visivel aos olhos como ao coração, à volta dele, e fico comovida, e surpreendida.
Tão surpreendida, que penso que nem mereço tanto... e que a hecatombe virá. Porque tenho muitos defeitos e tenho tido muitas coisas boas, acho sempre que por cada coisa boa que tenho uma má tem de me acontecer...pode parecer estupido, mas é na verdade assim que vejo a minha vida. E então, fico angustiada, choro e rezo, para que Deus me dê mais uma benção... uma filha saudável, uma filha que eu ame tanto como amo o irmão, uma filha que me complete e me traga felicidade, aquela felicidade que eu secalhar já não mereço.
Mas no fundo, lá bem no fundo do meu coração sinto que desta vez posso não ser abençoada, porque já fui, e não sou merecedora de tanta coisa boa.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Burra, ou talvez mesmo parva???

Estou grávida de 38 semanas, e quem já esteve grávida, sabe do que falo. É pesado, desconfortável, dá vontade de estar recostada o dia todo, As contracções indolores são constantes e apetece quase tudo menos "andar aí".
Pois, mas mesmo assim trabalhei até meio da semana passada e sinto-me ainda muito cansada.
E ontem, mesmo mesmo a compeletar as 38 semanas, eis que era dia de circo. O trabalho do pai deu bilhetes, e o pequeno não tem culpa da irmã vir aí, e eu queria muito estar com ele neste dia. Mas na minha cabeça, eu ía próximo da hora de almoço, comia, assistia ao espectaculo, dava uma voltinha rápida pela baixa e voltava. Ora, foi isto que aconteceu? Claro que não!!!
Saímos de casa pelas 10 horas, fomos à Aldeia Natal no Parque Eduardo VII. ah e tal vá lá vai ser giro. Anda para cima e para baixo, vê duendes, e casinhas, depois de pagar 24 euros (um roubo!) e leva o miudo à casa de banho, e corre atrás dele, e dá-lhe o iogurte e regressa ao carro quase à uma da tarde.
O Circo era às duas e ainda alguém pensou, muito sabiamente que eu poderia ir do Marquês ao coliseu a pé!!! Felizmente acabamos por ir de carro, e estacionamos junto ao Tivoli. E eis que vamos a pé, em passo rápido, que é tarde e lá vou eu rápido a arrastar esta barriga enorme e este peso todo. Chegámos ao restaurante e a sério, pensei que a miúda ía nascer. A seguir fila para entrar no circo, enorme, e lá dentro cheio de gente, fiquei sentada numa escada, com o miudo ao colo, porque o pai tinha o carrinho e ficou a tomar conta dele numa das portas(?). Doia-me tudo, costas, barriga, pernas eu sei lá! Mas quando acabou, nem pensar em vir para casa, vamos lá dar a voltinha da praxe pela baixa. Até à praça do comércio e voltar a subir tudo até ao carro. Caramba, doeu. As contracções sentiam-se lá ao longe, e eu sentia até vontade de chorar... mas pelo miúdo, pelo marido, pela harmonia familiar, tudo bem....
Pois devo ser parva.... ou talvez burra!
Hoje fiquei com o miudo todo o dia, vesti-o alimentei-o, adormeci-o e até fui com ele às compras. Finalmente o pai chega e eu penso que vou respirar um pouco... burra... parva.
Tomou duche, vestiu-se e saiu. E o miudo acabadinho de acordar, dei-lhe banho ( e se me custou senhores!), cortei unhas, vesti tudo a ouvir gritos. E ele ainda reclamou das compras que fiz!
 
É, eu sei que me queixo de barriga cheia. Ele é boa pessoa, amigo de ajudar. Faz tudo cá em casa. Mas caramba é tão pouco sensível e tão egoísta que me apetece chorar. Será que ele não vê o meu estado? Não quero que ele faça tudo por mim, mas que pense um pouco mais em nós... só isso.
Portanto, como não digo nada e fico quieta e caladinha, só posso ser burra.
 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Dia de Consulta

Parece que a Sofia pode vir quando quiser.
Estou de baixa, finalmente. E regresso dia 17 de Dezembro, nas 39 semanas, se ela não nascer antes.

Posso agora dedicar-me mais a sério às coisinhas dela, e tentar materiaçizar este bebé, na minha cabeça antes que ela chegue. Parece que não é verdade que vou ter um bebé dentro de dias.

As queixas são mais que muitas. Doi-me tudo. E tenho saudades de ser atendida no privado, e ficar mais serena por ver o meu bebé a cada consulta, mas era uma questão de semanas e não valia a pena o esforço financeiro e logistico.

A minha paciência esgotou todos os limites e digo tudo o que me vem à cabeça. Quem mais sofre é o marido e filhote, coitadinho.

Acho que estou pronta, e que tudo será mais fácil quando ela estiver aqui nos meus braços, e eu puder ver que está tudo bem.

E às 37 semanas estamos assim...